Com inúmeros significados, o anel de tucum é sinônimo de liberdade, igualdade resistência e união desde o início do século XIX
A história inicial do anel de tucum nasce no tempo do Império do Brasil, com início no século XIX. Na época, a realeza usava jóias de metais e ouro, enquanto que escravos e indígenas, criaram o chamado anel de tucum. Os senhores de engenho e as sinhás, em seus matrimônios usavam anéis de ouro, mas os escravos o faziam com o Anel de Tucum.
No período da escravidão no Brasil, o Anel de Tucum, simbolizava para os escravos, símbolo de amizade, união e resistência na luta pela libertação. Esse anel então, se tornou para as camadas sociais oprimidas, um símbolo de aliança e parceria.
O tucum (Bactris setosa) é uma espécie de palmeira comum na Amazônia. Sua palmeira possui caules múltiplos e folhas, ambos repletos de espinhos. A palavra Tucum (ou Ticum) deriva do idioma tupi e significa “agulha para costura”. A espécie recebe esse nome pois os indígenas brasileiros utilizavam seus espinhos para costurar.
Fizeram, então, desse objeto rústico um símbolo de amizade entre si, pactos matrimoniais e também de resistência na luta por libertação. Desse modo, o anel de tucum era um símbolo cuja linguagem só eles conheciam. Um símbolo secreto da amizade deles e de suas lutas cotidianas.
Um tempo mais tarde, os cristãos passaram a interpretar o anel de tucum como um símbolo de fé e compromisso.
Com o surgimento da Teologia da Libertação, nos anos 60, com o crescimento da teologia no Brasil e o apelo das causas dos mais pobres e abandonados na América Latina. Com isso, um grande grupo de pessoas se dedicaram à luta dos mais fracos, rendendo testemunhos e martírios.
Atualmente, indivíduos que defendem a igualdade de direitos entre as pessoas também podem usar para demonstrar seu engajamento com as causas sociais, independente de religião.
Fonte: Portal Amazônia