O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou transferências, via Pix, realizadas por magistrados a bolsonaristas às vésperas dos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. As informações são do blog de Fausto Macedo, no Estadão.
A descoberta das transações motivou a abertura de uma investigação interna para descobrir se juízes, desembargadores e outros servidores do Judiciário participaram de alguma forma dos atos que culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes.
As movimentações estão sendo encaradas como “doações preparatórias” para os protestos violentos e que o CNJ elegeu como estratégia seguir o caminho do dinheiro.
O Conselho também está cruzando manifestações de juízes nas redes sociais no período anterior à marcha dos terroristas sobre a praça dos Três Poderes.
Em outra frente, o CNJ oficiou o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Tribunais de Justiça, tribunais regionais federais, eleitorais e do trabalho, para que todos informem se há procedimentos disciplinares ou investigações preliminares, em curso ou arquivados, sobre seus servidores como investigados dos atos de 8 de janeiro.
O procedimento em questão foi aberto por iniciativa do ministro e corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão.
O advogado Sebastião Coelho da Silva, que é desembargador aposentado, é um dos investigados no procedimento. Sebastião, inclusive, defende Aécio Lúcio Costa Pereira, o primeiro réu julgado pelo STF por participação no 8 de janeiro. Ele afirma que a investigação é uma tentativa de “intimidação”.
Fonte: DCM