A situação das/os profissionais recreadoras/es infantis da rede pública de educação em Arapiraca foi discutida em reunião na tarde desta quarta-feira (06/04), na sede da executiva estadual do Sinteal, em Maceió. A reunião foi solicitada pelo Núcleo Regional Sinteal/Arapiraca. Representada pelas profissionais Maria Eduarda e Adriana Cristina, a categoria denuncia tratamento desigual por parte da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação. Segundo Célio Sampaio, secretário de Formação Sindical do Núcleo Regional, também presente à reunião, “recreadoras e recreadores infantis estão assumindo, nas creches, no horário vespertino (da tarde), as mesmas funções exercidas pelos professores e professoras na parte da manhã, sem, contudo, receber a contra-partida financeira para o trabalho exercido”.
Cobrança antiga
Em 2019, durante sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Arapiraca, o Núcleo Regional do Sinteal já denunciava esta situação, reivindicando a intervenção dos/as parlamentares para que a prefeitura e a secretaria municipal de Educação concedessem uma equiparação salarial aos recreadores infantis, tendo em vista que a categoria vem assumindo, com profissionalismo e esforço, as mesmas tarefas desempenhadas pelos/as professores/as da rede.
A presidenta do Sinteal, professora Consuelo Correia, salientou a importância da reunião e reafirmou que o Sinteal continuará defendendo e reivindicando “justiça e o urgente reconhecimento pelo trabalho exercido pelos recreadores infantis no município. Esta categoria está assumindo responsabilidades e tarefas iguais aos professores, assumindo a gestão das creches no horário da tarde, mas continuam injustamente desvalorizados em termos financeiros”. Consuelo garantiu que o Sinteal irá acionar novamente o departamento jurídico “para reparar essa injustiça cometida pela gestão”.
A advogada do sindicato, Drª Betânia Pereira, também esteve na reunião, para colher informações das representantes da categoria, e repassar orientações quanto à luta jurídica para reverter esta irregularidade, que precariza a atuação de todas/os as/os recreadoras/es infantis na rede pública de educação em Arapiraca.
Garantia de direitos
“A luta é para que esta situação seja corrigida no Plano de Cargos e Carreira, no prazo mais curto possível, e passa por ações políticas e sindicais junto à prefeitura e à secretaria municipal de Educação. É preciso que estes valorosos profissionais tenham garantidos direitos como, por exemplo, hora-atividade igual a dos professores e também tempo para planejamento de trabalho. O Sinteal está junto nessa luta”, disse a presidenta do Sinteal.
Participaram também da reunião as diretoras Girlene Lázaro, Edna Lopes e Neide Brito.
Fonte: Sinteal