A Justiça angolana decidiu ainda que o bispo Honorilton deve pagar indenização de 30 milhões de kwanzas (R$ 313 mil) ao religioso Alfredo Faustino
Honorilton Gonçalves, bispo brasileiro, ex-vice-presidente da TV Record no Brasil e líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, foi condenado, sob acusação de violência doméstica, a três anos de prisão no país do sudoeste africano por ter imposto a religiosos locais que fizessem vasectomias.
O juiz Tutri Antônio, presidente da 4ª Secção dos Crimes Comuns, suspendeu a pena por dois anos, após recurso do setor angolano da Igreja Universal, que questiona a direção brasileira, e considerou a pena branda.
A Justiça angolana decidiu também que Honorilton deve pagar indenização de 30 milhões de kwanzas (R$ 313 mil) ao religioso Alfredo Faustino, e 15 milhões de kwanzas (R$ 156 mil) a Jimy Inácio, que teriam sido vítimas de violência doméstica e pressão psicológica.
Outros três réus foram absolvidos: o brasileiro Fernando Henriques Teixeira, pastor e executivo da TV Record África; e os angolanos Antonio Miguel Ferraz, bispo; e Belo Kifua Miguel, pastor. Eles, junto com Honorilton, foram acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo o líder da ala angolana da Universal, bispo Valente Luís, os pastores eram forçados a se submeter a vasectomia.
“Há muitos pastores que não estão de acordo com esta cirurgia. Mas, na direção da igreja, sabemos que, quando o pastor não faz a vasectomia, é discriminado”, afirmou ele, conforme o UOL.
Fonte: Brasil 247