A luta por valorização dos/as trabalhadores/as em educação de Arapiraca se tornou uma verdadeira guerra. Contra a postura antidemocrática da Prefeitura Municipal, o Sinteal organizou uma paralisação de três dias finalizada na última sexta-feira (03/12). Unida e assumindo o compromisso com a qualidade da educação, a categoria movimentou a cidade pedindo avanço nas negociações.
Foram dias de mobilização com acampamento de manifestantes na rua e finalizados com uma grande caminhada até as sedes do Ministério Público Estadual e do Ministério Público Federal, onde foram entregues um ofício.
“Em campanha, o Luciano Barbosa dialogava conosco, dizia que a educação era a menina dos olhos dele. Agora, depois de eleito, não recebe e nem justifica nada. Trata a nossa categoria com descaso e humilhação”, recordou Paulo dos Santos, presidente do Sinteal Arapiraca.
A paralisação foi uma decisão da categoria tomada na assembleia do último dia 25 de novembro, como resposta a mais uma audiência cancelada pelo prefeito Luciano Barbosa com o Sinteal e lideranças da base, marcada para o dia anterior (24/11), e sem explicações sobre o motivo do cancelamento. Uma comissão de diretores/as do Sinteal e de trabalhadores/as da educação passou a tarde inteira na prefeitura, e não foi recebida pelo prefeito. Uma outra reunião agendada com o prefeito – também sugerida pela Câmara de Vereadores -, para ocorrer no dia 10/11, também foi desmarcada pelo gestor municipal.
A pauta de reivindicações é a revisão da carreira com recomposição da tabela salarial. “Não estamos pedindo um aumento, e, sim, uma atualização dos valores que estão defasados de acordo com a lei nacional do piso. É nosso direito, mas ele nem sequer dialoga”, completa Paulo.
Ao invés do diálogo, a gestão municipal decidiu perseguir educadores e educadoras. A Secretaria de Educação já enviou solicitação às escolas para que sejam entregues todos os nomes de quem aderiu à paralisação com o intuito de desconto salarial.
“Isso só aumenta a nossa indignação. Vamos continuar a luta em defesa dos nossos direitos e esperamos que a gestão se sensibilize e decida cumprir suas promessas para garantir à população uma educação de qualidade, com profissionais valorizados”.
Fonte: Sinteal