Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reúnem na tarde deste domingo (7) na avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação que pede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
A manifestação foi convocada pelo pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e por outras representações religiosas. O evento faz parte de uma mobilização nacional, com atos em diferentes capitais do país.
Na capital paulista, os participantes começaram a se concentrar na avenida por volta das 13h com cartazes e bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel. Eles também estenderam uma bandeira gigante dos Estados Unidos.
Em um dos cartazes, está escrita a frase: “Fé em Deus, Eduardo Bolsonaro. Edu, nós o apoiamos. Donald Trump, thank you very much”. Em outros, há o pedido pela liberdade, democracia e anistia. Há também cartazes com a frase “Fora Moraes” e “SOS Trump, Bolsonaro Free”.
A abertura do ato foi marcada pelo grito dos manifestantes “Lula ladrão, seu lugar é na prisão” e contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Na sequência, houve a execução do Hino Nacional.
Aliados do ex-presidente discursaram no carro de som, entre eles o pastor Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Também participa do ato o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante.
Em seu discurso, Valdemar afirmou: “Nós não temos plano B, nosso plano é Bolsonaro presidente. Vamos aprovar a anistia. O PP está com o PL, União Brasil, PSD. Nós temos maioria para aprovar a anistia”, disse.
Bolsonaro está inelegível após ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político. Ele cumpre prisão domiciliar em Brasília e não pode participar de eventos públicos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai retomar o julgamento em que ele pode ser condenado por golpe de Estado e mais quatro crimes na terça-feira (9). Somadas, as penas podem chegar a 43 anos de prisão (veja mais abaixo).
Em nota, a Polícia Militar informou que preparou um esquema de segurança para acompanhar a manifestação, e que todas as ações estão sendo monitoradas em tempo real pelo sistema Olho de Águia e supervisionadas a partir da Sala de Gerenciamento de Incidentes, instalada no Centro de Operações da Polícia Militar.