O caso é considerado o mais longo de alguém em situação de escravidão contemporânea no Brasil
Uma empregada doméstica de 85 anos mantida em situação análoga à escravidão por mais de sete décadas teve o vínculo empregatício reconhecido pelo juiz do Trabalho Leonardo Campos Mutti, da 30ª vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
O juiz sentenciou os empregadores, mãe e filho, a pagar R$ 600 mil por danos morais individuais. Os réus também foram condenados a pagar as verbas trabalhistas devidas entre janeiro de 1967 e maio de 2022, ano em que a denúncia veio à tona, que somam mais de R$ 300 mil.
A vítima começou a ser explorada aos 12 anos. Desde então, não teve direito de receber salários ou qualquer direito trabalhista, além de ser submetida a condições degradantes, como a privação de estudar, ter lazer ou de sair do ambiente de trabalho.
Após denúncias de vizinhos, a idosa foi encontrada em um espaço improvisado dentro da residência da família. Ela dormia em um sofá e era obrigada a cumprir longas jornadas de trabalho.
Fonte: Jornal GGN