Em novembro, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média 53,05%
do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos. Em outubro, 51,72%
O preço da cesta básica subiu pelo segundo mês consecutivo nas capitais brasileiras. Segundo estudo mensal divulgado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico), em novembro, houve aumento no custo dos produtos básicos que compõem a cesta em todas as 17 capitais pesquisadas, com destaque para altas mensais registradas em Recife (+5,47%), Goiânia (+4,64%), Brasília (+4,39%) e João Pessoa (+4,30%).
Em São Paulo, capital em que a cesta tem o valor mais alto do país, R$ 828, houve aumento de 2,80% entre outubro e novembro. Na sequência vem Florianópolis (R$ 799,00 e aumento de 0,34%) e Porto Alegre (R$ 780,00, alta de 0,83%) no ranking das cestas mais caras.
Na comparação anual entre novembro de 2023 e 2024, o Dieese também identificou aumento no valor da cesta nas 17 capitais pesquisadas, com destaques para as variações de Campo Grande (14,47%), Goiânia (12,19%), Brasília (11,19%) e São Paulo (10,56%).
Em todas as bases de comparação, pesaram o aumento de preços de produtos básicos como carne bovina, óleo de soja, café, batata, tomate, feijão e pão francês.
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima o salário mínimo deveria ser de R$ 6.959,31 em novembro de 2024 – 4,93 vezes o mínimo atual, de R$ 1.412,00 – para cumprir a determinação constitucional de que o salário base seja o suficiente para que o trabalhador arque com suas despesas básicas com alimentação, moradia, lazer e previdência.
“Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em novembro de 2024, 53,05% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos, e, em outubro, 51,72%. Em novembro de 2023, o percentual ficou em 52,82%”.
Fonte: Hora do Povo