Trabalhadores da General Motors, em São José dos Campos, paralisaram a produção na tarde desta sexta-feira (26), em protesto contra demissões realizadas pela empresa nesta semana. Até o momento, a montadora dispensou cerca de 50 operários, 30 deles somente hoje.

O Sindicato repudia veementemente os desligamentos, que não foram negociados previamente com a entidade. O Sindicato exige que a empresa reveja os cortes e iniciou, junto aos metalúrgicos, a luta por estabilidade no emprego.

As demissões foram iniciadas na segunda-feira (22) e atingiram trabalhadores de todos os setores. Parte deles é de aposentados.

Com a continuidade dos cortes nesta sexta, cerca de 2 mil metalúrgicos da produção decidiram interromper o trabalho. A paralisação ocorreu dentro da fábrica, das 13h às 15h, após assembleia interna com o Sindicato. Cerca de 50 carros, entre os modelos S10 e Trailblazer, deixaram de ser produzidos.

De acordo com a montadora, as demissões fazem parte do processo de reestruturação da fábrica, iniciado no ano passado. A GM também alega necessidade de redução na massa salarial, o que é uma contradição, já que o lucro líquido da empresa teve crescimento de 14,3% no segundo trimestre deste ano. Segundo a própria GM, a melhoria trimestral foi impulsionada pelo forte desempenho no Brasil.

As demissões acontecem após a montadora anunciar o lançamento da S10 2025.

“Os trabalhadores da GM já estão mobilizados e exigem estabilidade no emprego. É um absurdo demitir em pleno crescimento. O Sindicato atuará ao lado dos metalúrgicos nessa luta em defesa dos postos de trabalho”, explica o secretário-geral da entidade, Renato Almeida.

A GM produz, em São José dos Campos, os modelos Trailblazer e S10, além de motores e transmissão. A montadora emprega cerca de 3.150 trabalhadores na cidade.

Fonte: Sindmetalsjc

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