No dia 17 de julho de 1997, os policiais civis e militares, os servidores públicos e os movimentos sociais de Alagoas derrubaram o privatista e corrupto governador Divaldo Suruagy (MDB). Naquela época, os servidores públicos estaduais se encontravam com até 10 meses de salários atrasados e os serviços públicos destroçados.

Suruagy seguia a orientação política do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que visava privatizar tudo. Além do atraso nos salários, Suruagy privatizou empresas públicas, fez operações ilícitas com letras do tesouro estadual e com o Programa de Demissão Voluntária, demitiu mais de 20 mil servidores.

A luta das entidades representativas dos servidores públicos estaduais ganha força quando os policiais civis e militares decidem se unir ao movimento unificado, criando um grande movimento de enfrentamento ao governador Divaldo Suruagy.

No dia 17 de Julho de 1997, ocorre então, um dos fatos mais importantes da história de Alagoas e do Brasil, onde mais de 10 mil manifestantes cercam a Praça Dom Pedro II. Depois de um tiroteio em frente a Assembleia Legislativa, onde policiais rebelados enfrentaram soldados do Exército, Suruagy foi obrigado a deixar o cargo de governador.

Relembrar esse fato histórico e tirar seus ensinamentos é preciso, principapmente nesse tempo onde os golpistas tentam voltar ao poder central, e em Alagoas, o governador Paulo Dantas, representante das elites tradicionais não atende as reivindicações dos trabalhadores da educação e da saúde e acelera um processo de precarização nos serviços públicos e de endividamento do Estado.

Para mais informações sobre esse importante fato, recomendamos a leitura do livro O Levante de 1997: policiais civis e militares na derrubada do governador Divaldo Suruagy, de Luiz Gomes da Rocha, editora Eduneal e o documentário produzido em 1997 pelo Sindpol e o Sindicato dos Radialistas de São Paulo sobre a derrubada de Suruagy, que pode ser assistido pelo link abaixo:

www.youtube.com/watch?v=3vvcfkbnzyE&t=201s

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