O Ministério da Saúde realizou um monitoramento que apontou que o fornecimento de oxigênio hospitalar está no limite em 13 Estados. A situação foi relatada na reunião realizada com a Procuradoria Geral da República (PGR), na segunda-feira, 22.

A situação se agravou a ponto de ter faltado oxigênio em Manaus. E, existe iminente ameaça de desabastecimento em municípios do interior e alguns Estados. O que pode provocar perdas de muitas vidas, conforme o próprio governo federal reconhece.

Um dos motivos dessa situação tão caótica que o Brasil, foi provocado pelo próprio governo. Pois, em março do ano passado o governo Bolsonaro determinou o encerramento das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR, no início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no país.

O fechamento da Fafen, além de deixar de prestar um serviço essencial na pandemia, representa prejuízo aos cofres públicos, pois a empresa tem capacidade para produzir cerca de 30 m³ de oxigênio por hora.

Mas, a opção de Bolsonaro e de Paulo Guedes foi a de fechar a fábrica estatal para favorecer a multinacional White Martins, que não tem condição de abastecer toda a demanda provocada pela pandemia.

Um ano depois, com mais de 280 mil vidas perdidas para a doença, ameaça de colapso nacional no sistema de saúde e tragédias como a de Manaus, em que pacientes morreram em corredores de hospitais, asfixiados por falta de oxigênio, o governo de Bolsonaro continua negligenciando o enfrentamento à pandemia e ações como a reabertura da fábrica, que poderia salvar vidas, são ignoradas.

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